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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Invenções, intervenções, fusões ou confusões no Flamenco

Em artigos passados falei de como provavelmente nasceu o Flamenco, de como tem atravessado o tempo e de como uma série de eventos vem intercedendo principalmente na dança por ser literalmente a mais exposta.
Manuela Vargas

É inegável que todas trouxeram contribuições e que ajudaram na sobrevivência e na atualização desta arte.

Mais uma vez fica no ar a pergunta: qual o limite destas interferências?

Se levarmos em conta que esta arte é extremamente passional, basta vermos o quanto esta essência se apresenta, no caso, na dança que é a forma mais exposta. Gosto de ver a dança como a materialização da voz e da música.

Desde seu auge o Flamenco parece se dividir em dois segmentos onde o mais visível é o comercial, ou seja, feito de acordo com o que o público gosta de ver e que literalmente alimenta egos artísticos. Não cabe aqui citar nomes, mas apenas eu levo em consideração que esta arte tem sido uma forma de gritar aos quatros cantos aquilo que a vida faz nas emoções e muito raramente a forma comercial parece se importar com isso. Mas também não discuto se esta forma é ou não ou se foi uma forma de sobreviver desta arte.

Então penso que se o apresentado cai dentro deste pensamento não importará se a forma apresentada é antiga ou moderna, com técnicas apuradissimas ou mesmo mais simples porque as emoções ali expressas se apresentarão sim.

Os códigos mudaram para melhor, tornaram-se melhor decodificados e mais concisos, mais claros e limpos.

Inmaculada Ortega

Então sinto o mesmo quando vejo Manuela Vargas bailando uma soleá como sinto vendo Inma Ortega e o mesmo se procede com tantos artistas do passado e do presente.

Épocas distintas, linguagens diferentes para expressar o mesmo palo. Então para quem pensa como eu não é difícil ver aonde se estabelece o limite.

Dispenso qualquer comentário sobre os artistas que enganam fazer flamenco. Todos os segmentos da arte tem aqueles que sequer se menciona existir...

Mas também não se deve ignorar os que abriram as portas para o que vemos hoje.

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