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quinta-feira, 16 de março de 2017

Ensinando dança... aonde e como?

A dança tem vasta ramificação  de estilos por conta da sua natureza humana e cultural. Estilos acadêmicos ou étnicos. O que importa é algo chamado Método. Isso tem sido raro em estilos onde não se encontra formatação no conteúdo.

As danças com matrizes étnicas costumam ser alvo fácil para predadores como pseudos professores ou mesmo artistas registrados mas que sequer possuem os conhecimentos para ministrar aulas, mesmo sendo exímios artistas de palco ou de cena. Ainda será uma cansativa luta no processo de construção de linguagens e metodologia de ensino nas danças existentes no mercado. Dá pra piorar quando misturam misticismos ao processo do ensino da dança.

Escolas como a do Ballet Clássico possui formatação para seu estilo que bem poderia ser aproveitado como exemplo usando a analogia de seu conteúdo programático para cada estilo. Ter o processo de Ingresso antes mesmo da Iniciação e seguir nos níveis seguintes seria perfeito.

Falta, em muitos profissionais, a consciência histórica da dança que ensina (talvez porque nunca aprenderam), a consciência corporal, como lidar com os diferentes biotipos físicos e como auxiliá-lo durante as práticas, falta método de ensino e de graduação do trabalho, falta quase tudo!

Ou melhor, tudo tem. Falta mesmo é domínio, ciência disso e consciência para ensinar. Faltam-lhes estes conhecimentos porque vejo muitos ensinarem pulando níveis em função de um resultado mais imediato. Isso resulta em danças sujas, sem segurança nos movimentos e no consciente uso de seus acessórios. Praticamente estão vulgarizando o processo cadente do ensino.

O ensino de qualquer atividade necessita de domínio do conteúdo programático, disposição do material e mesmo o estímulo ao aprendiz à pesquisa e reflexão do objeto de estudo e consequente demonstração do resultado do estudo.

Se seguissem este processo talvez tivéssemos melhores profissionais em dança e em seus segmentos como o figurino e a iluminação.

Falta em nosso país uma verdadeira Escola de Arte... basta ver ou lembrar dos seriados de tv americanos onde se aprende de tudo na escola de arte, se descobre seu talento e se especializa nele, mas não fica obtuso nos outros segmentos das artes. Falta, acima de tudo, humildade para aprender e para ensinar.

O imediatismo oferecido nos diversos sites da internet, nos Workshops e Oficinas de dança sem especificidade de nível, foco e continuidade dificultam a valorização e o reconhecimento dos bons profissionais. E ainda temos o maucaratismo que aumenta e dificulta o aprendiz a discernir por onde trilhar e por onde começar por não ter referências idôneas para isso.

Ainda existem vários órgãos com renome no ensino da dança que sequer prezam e analisam os currículos daqueles que contrataram para ensinar... Talvez porque não saibam analisar a veracidade daqueles documentos. E pior, muitas destas instituições até formam professores de danças sem o reconhecimento legal da Secretaria de Cultura e sem o devido mérito escolar para tal!

E surgem os "profissionais" com currículo feito de Workshops e Oficinas. Com todo o respeito a este mercado que é bom e bem específico sim, mas muitos com profissionais desqualificados ou de duvidoso currículo para ensinar.

Sempre "previnir é melhor que remediar". E no caso da dança, remediar pode lhe custar anos de aprendizado incerto e cheio de vícios.

E afirmo, se amar a dança e for humilde para aprender ainda será tempo para aprender e se acertar. Pedras no caminho ensinam a como usá-las para aperfeiçoamento e não para obstrução do conhecimento.

Aliás, o conhecimento te "liberta" destes predadores comerciais e te eleva. O problema é "como começar"?

Sempre questione o currículo daquele que se diz professor de dança, seja ela qual for.

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